domingo, 27 de novembro de 2011

Preciso aprender a dizer não...

Como posso me maltratar assim?
Não me dou ouvidos
Não me respeito
Me atropelo
Fraquejo
E agora o que sinto
São feridas, cicatrizes
Um enorme vazio
Vontade de fazer diferente
De não me agredir
Nunca mais.
Dizer não!
Preciso aprender a dizer não
Desesperadamente.

(Nanda Rizzo)


sábado, 19 de novembro de 2011

FODA-SE!

Chega de me deixar anestesiar
anestesiar por remédios
anestesiar por pessoas
anestesiar por julgamentos, próprios e alheios.
Chega de me conter pra me encaixar
de me limitar pra não destoar
de me podar pra não assustar
de me esconder de mim mesma e dos outros
Quero viver no meu máximo
sofrer no meu máximo
amar no meu máximo
e ser no meu máximo
jorrando
chorando
doando
sonhando...

(Nanda Rizzo)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Precisa-se de um cobertor.

Quero me enrolar no meu buraco negro como num cobertor
me cobrir até a cabeça e me deixar embalar pelo silêncio 

fechar os olhos e estancar a hemorragia de pensamentos
aquietar esta alma que insiste em vibrar intensamente
e descansar da dor que já nem sinto de tão presente.

(Nanda Rizzo)


 

Falta de ar...

Há guerra em mim
tudo explode
silenciosamente
segundos eternos
o sentido é turvo
não consigo respirar
nem sangrar
sinto a ausência de ser
não há lágrimas
é escuro
indolor
abismo
nada...
 
(Nanda Rizzo)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fome de amar...



Sinto fome de amar, de ter um colo para deitar
de dar as mãos e andar sem rumo, sem nada precisar falar
Sinto fome de um peito para me aconchegar
de sentar à beira-mar e juntos ver a Lua lumiar
Sinto fome de compartilhar risos e lágrimas sem findar
de me desvendar através de um outro olhar
Sinto fome do meu coração palpitar com o som de uma única voz
de um único toque, um único sorriso, um único beijo
Sinto fome de me entregar, perder a hora, esquecer do tempo
de me doar de verdade, querer de verdade e ser de verdade.
(Nanda Rizzo)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que é de quem?

As palavras cessam, os pensamentos também
No meu infinito particular
sentimentos e desejos se atropelam
tudo se mistura e me transcende
Nessa simbiose também me encontro
e de repente já não sei mais o que sou eu
ou o que restou de outrém...


(Nanda Rizzo)

domingo, 6 de novembro de 2011

Fome de tudo

Há uma ânsia que me consome
diante dos olhos alheios, sou louca
minha existência é desmedida
meu apetite é feroz, avassalador
Tenho fome de tudo
Quero abraçar o mundo
Amar sem medida
Entregar-me à vida
Dizer sem pudor
Sangrar na dor
Perder-me no outro
para encontrar-me em mim.

(Nanda Rizzo)


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Atropelada pelas minhas vontades, sempre me deixo levar pelo coração, me lanço no abismo e confio... intensamente vivo, alegremente aceito e verdadeiramente sou...

(Nanda Rizzo)