"Trago dentro de mim, amortalhado,
Um amor de tragédia, extraordinário,
Amor que é uma cruz sobre um Calvário
Onde o meu peito jaz crucificado!
Amor que é um rosal, já desfolhado,
De pétalas de um branco funerário,
Amor que tem os gelos dum sudário,
E as chamas dum inferno não sonhado!
Amor que compreende mil amores,
Amor que tem em si todas as dores,
Amor que nem eu sei o que encerra...
Amor de sacrifício e de saudade,
Amor que é um poema de bondade,
Amor que é o maior amor da terra!"
(Florbela Espanca)
"... Amor de sacrifício e de saudade..."
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